Você sabia que educar é libertar para a criatividade? É deixar a criança mais preparada para o que, de fato, ela é?
Isso mesmo! Muitos pais acreditam que educar é impor padrões de comportamento ou moldar a forma de pensar e agir da criança.
Se esquecem de que a criança, assim como qualquer indivíduo, é um ser único e, por consequência, possui suas próprias características e personalidade.
O processo de aprendizagem e consolidação das emoções se dá em fases na vida infantil. Por isso, é importante especial atenção dos pais ou responsáveis pela educação da criança em adotar caminhos que facilitem o desenvolvimento infantil.
Claro que existem fatores hereditários que passam de pais para filhos e que são imutáveis, mas o importante é que os pais não acreditem que podem criar filhos a sua imagem e semelhança. Nossos filhos não são nossas cópias fiéis.
Como eu sempre ressalto, os pequenos aprendem pelo exemplo, mas, ao longo do tempo, vão fazendo suas escolhas e montando o quebra-cabeça de suas vidas. O ideal é que os pais permitam às crianças demonstrar suas emoções e sentimentos, para que elas possam passar pelo processo de experimentação e aprendizado, porque é por meio da vivência que a criança constrói sua identidade. Criar a criança dentro de um formato pré-estabelecido fará com que ela seja privada de conhecer o erro e o acerto. E isso é impedir que os pequenos façam suas escolhas. Crianças não são como robôs que executam com precisão todas as atividades, a tempo e a hora. Não vão agir repetidamente dentro de um padrão, até porque nem nós, adultos, agimos assim, não é mesmo?! Se a cada momento, avaliamos a situação e pensamos de forma diferente. Então, pensa comigo: quem dirá a criança que está em plena formação? E que bom que é assim, porque, dessa maneira, elas navegam pelo processo de aprendizado que é o crescer. Atualmente, especialistas em neurociência afirmam que a fase da infância se estende até os 21 anos e que o neocórtex, que é a área do cérebro responsável pela gestão das emoções, da maturidade, por assim dizer) se desenvolve até o fim deste período. Sendo assim, é natural que as crianças se mostrem instáveis e não dominem totalmente suas emoções. Altos e baixos, silêncio e balbúrdia, alegria e tristeza, risos e choros são comuns aos pequenos durante esse processo, além da dificuldade em expressar com clareza o que estão sentindo. Portanto, pais estejam atentos. Eu sempre digo que vocês podem ser os melhores coaches de seus filhos, mas para isso, precisam orientar, guiar e mostrar caminhos. Observem o técnico de um time de futebol, por exemplo. Ele orienta, mas não joga pelo jogador. É o jogador quem corre e faz o gol! Esse é o caminho a ser seguido com nossos filhos. Não adianta impor modelos, pois não funcionarão. Os pais devem monitorar os riscos, mas é preciso que eduquem com liberdade de pensamento e de ação. Criança feliz é criança livre, sem opressão, sem amarras e sem modelos pré-concebidos.
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Não escolhemos a forma como fomos educados, mas podemos decidir como vamos educar nossos filhos. E aí, qual a sua escolha?
Obrigada por estar aqui. Um abraço e até o próximo artigo!
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